quinta-feira, 23 de junho de 2011

Jon Bon Jovi fará 50 anos, mas tudo que ele quer é fazer show na Escócia:

Em relação à quartos de hotel, a suíte de Jon no hotel 5 estrelas Bayerischer Hotel em Munique é o pai de todos.

Eu cumprimento o roqueiro que está sentado no canto rodeado por coisas que o fazem lembrar de sua casa, um laptop com fotos de sua esposa e filhos, um violão e seu tênis favorito.

"Que que tá rolando lá?" perguntou o cantor, apontando para as escadas. "Eu ainda nem tive a chance de descobrir. Se as pessoas pudessem ver a abundância deste quarto. É maravilhoso, mas não preciso disso. Só quero uma cama. Não me importo com todo o resto."

Bon Jovi está no meio para o fim da sua turnê mundial de 2010-2011, fazendo 135 shows em 30 países.

É uma agenda difícil, mas o cantor está aguentando firme. Antes de um show para 80.000 fãs, no Olympic Stadium, Jon, 49, me disse: "Eu não estou sentindo o peso de ter feito 120 shows ainda.

"Há extremos quando estou na estrada. Quando estou em casa sou apenas um pai.

Você leva seus filhos pra escola, lida com formaturas e festas de formatura.

"Então eu saio em turnê e no outro dia volto a ser um vampiro. Durmo até às 13h e não vou para cama até que seja bem tarde, quando o vinho tenha acabado.

É um estilo de vida totalmente diferente, mas funciona para mim. Não sou o tipo de cara que precisa de muito luxo na estrada."

A banda dá 110% toda noite, confirmando seu estado de elite do rock.

"Eu sou assim, se eu sinto que não deixei um pedaço do meu pulmão no microfone, eu não fiz um bom trabalho. É uma coisa que me consome muito fisicamente", admite Jon. "Antes de você chegar havia um acunputurista colocando agulhas em mim em lugares que não deveriam ser agulhados.

"Se você quer mandar bem, você tem que estar no seu melhor. Manter um certo nível de desejo de ser ótimo. Eu não fico nervoso antes de um show. Você só terá problema se não souber o que está fazendo. Tocamos para 80.000 pessoas, mas o tamanho do público não significa nada. Se fossem apenas 8.000 pessoas eu ainda iria querer que fosse ótimo.

"A última coisa que quero é me sentir traído ou me decepcionar, quem dirá a banda ou o público. Eu penso muito sobre o que fazemos. Você não pode subestimar isso. Aquele clichê de estar em uma banda e dizer: "'Vou sair e não vou me importar com o que o público pensa'... então você é um tolo. Não durará 27 anos."

Mas nem sempre tudo são flores. Em abril, o guitarrista Richie Sambora voltou à clínica de reabilitação para lutar contra seu problema com álcool. O grupo foi forçado a substitu-lo com o guitarrista Phil X. Jon estava determinado a fazer o show continuar.

Ele disse: "Sendo honesto, temos que pagar a equipe de turnê que depende daquele pagamento para comer e comprar sapatos para seus filhos. Você não pode deixa-los sem trabalho. Também existem pessoas que vem ver a banda e comprar passagens de avião e reservam hotéis com muita antecedência, e estas coisas não são reembolsáveis.

"Todos nós apoiamos completamente nosso querido amigo. Mas o show tem que continuar. Não devo nada para ninguém."

Ele disse: "Foi muito bom para o Richie se cuidar, sabendo que não seria despedido ou punido. Ele precisava e queria procurar ajuda. Agora ele está focado, re-energisado e está tudo bem. Nossa parceria está forte como sempre.

"Richie está vencendo seus demônios? Como eu posso comentar a respeito sem conhecer a doença. Eu acho que ele está bastante consciênte da situação dele e ama sua mãe, filha, e a banda mais do que qualquer coisa no mundo. Tenho muito orgulho dos esforços dele. Ele ainda é meu amigo mais querido."

Foi estranho tocar sem o guitarrista que co-compôs hits como Livin' On A Prayer, Wanted Dead Or Alive e Keep The Faith?

Jon disse: "Na verdade os shows foram bons. Phil X fez um trabalho fantástico. Facilitou para mim, para banda e para equipe. Então gostamos muito dele. Evidentemente ele não vai tocar como o Richie, que compôs as músicas.

"Mas minha admiração pelo Richie é muito grande. Ele tem muita habilidade. O talento de Richie é um presente de Deus. Ele é abençoado."

Jon prometeu que vem mais coisa pela frente. Ano que vem ele completará 50 anos e espera continuar como seus heróis, The Rolling Stones e Paul McCartney.

"Se eu tiver oportunidade, assumirei o papel de bom grado. Minha aspiração quando criança era ser um Rolling Stone. Também tenho uma foto de McCartney na minha lareira. Espero poder ser capaz de fazer isso aos 665 anos.

"Já passou a época da banda se separar ou qualquer outra besteira deste tipo. Há muito respeito mútuo. A gente continua a fazer álbuns que chegam ao 1º lugar e a encher estádios.

"Mas a gente vai continuar a fazer 150 shows por turnê? Eu não consigo visualisar isso. Não sei como o Mick Jagger consegue, aos 67 anos. Esta seria a primeira pergunta que eu faria a ele. Ele corre pelo palco tanto quanto eu e ele é quase 20 anos mais velho.

"Os caras foram os que deram origem por um motivo. Eles são muito bons. Não exista alguém da minha geração ou da próxima que seja melhor. Ainda os admiro.

"Não tenho planos para depois do dia 31 de julho. Se eu tiver ainda alguma célula cerebral, eu vou para praia e ler um livro.

"No presente momento, estou feliz em tocar em Murrayfield. Depois de 27 anos não esperava-se que estivesse ainda neste nível. Então sou muito grato e não vou decepcionar."

Bon Jovi tocará no Murrayfield Stadium, Edinburgh, dia 22 deste mês.

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